Challenge Samorín - The Championship

Tudo começou em 2018 no Challenge Lisboa onde me qualifiquei para o Mundial do Challenge. Por norma, quando eu termino uma prova me dou por satisfeita e realizada por ser finisher. Só em casa fomos ver os meus tempos e vimos que me saí bem no meu age group e o Miguel me contou que estava classificada para o The Championship!!! Uau, fiquei maluca e a partir deste dia começou a minha jornada de preparação. Comecei a treinar com um novo coach - Pedro Quintela - vi o carinho que ele teve com seus atletas em Vitória Gasteiz, onde todos estreantes na distância full foram finishers, ou seja, foram bem treinados!!!! Comecei também um projeto onde consegui apoios e sou muito grata a todos que acreditaram em mim. Sobre a experiência vivida em Samorin, posso afirmar que foi das melhores que já tive. Estar num sítio com atletas de topo, que eu admiro e sou fã (alô Lucy Charles hehe), poder partilhar e desfrutar de uma estrutura gigantesca que envolveu a prova, e ter a cia destas meninas que muitos já conhecem, mas que eu fiquei a conhecer um pouco mais e se já gostava, agora admiro mais, só por isto valeu a pena.

A prova em si, foi brutal!!! Uma natação dos diabos no Rio Danúbio, que até poucas horas antes era incerto se faríamos um duatlo ou uma natação a meias, devido às baixas temperaturas e forte corrente.

O percurso da bike, totalmente plano que para muitos é um sonho, mas foi um inferno pra mim. Pedalar 90km, sem parar, sem ter uma descidinha pra respirar, com uma brisa fofinha e com uma bike que não ajudou muito, nem as minhas pernas, foi tenso.

Saí pra correr com o coração! Sim, o coração faz triatlo, e ajuda muito a gente a dar o que não temos. Foi ele (o coração) e o forte apoio pelo caminho do meu Carneiro que me puseram a mexer as patinhas, uma na frente da outra, em 3 voltas de 7km num sol de matar, que me fizeram cruzar essa meta e realizar esse sonho.

Eu poderia estar mais treinada? Sim! Poderia ter feito um tempo brutal? Sim! Deveria ter levado mais a sério a preparação? Sim.

As circunstâncias da vida fizeram com que eu desse o que podia nessa caminhada.

E ela, a vida, foi ela quem me ensinou a ser forte, resiliente e a lutar até o fim.

Agradecimentos: Ana Leal e Rita Machado pela amizade, companheirismo, paciência e boa disposição. Vocês me inspiram - Miguel Carneiro (o fofinho) que sempre me apoia, acompanha e tem a maior paciência do mundo comigo.

A todos os que me apoiaram:

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